Em fevereiro de 2016, Selina Thompson embarcou em um navio cargueiro para refazer uma das rotas do comércio transatlântico de escravos: do Reino Unido à Gana e, de lá, à Jamaica. As memórias, questionamentos e sofrimentos desse percurso levou a performer às profundezas do Atlântico e ao universo de um passado imaginário. O espetáculo “sal.” reúne o que voltou da viagem. Enquanto relata sobre o percurso, a artista se lembra de sua própria história, cita escritores e poetas e se debruça sobre um trabalho laborioso, o de quebrar blocos e mais blocos de sal. Trata-se de uma montagem sobre ancestralidade, lar, esquecimento e colonialismo, sobre fazer parte de uma diáspora, que nos leva a pensar onde nos encaixamos e quais mudanças e curas ainda estão por vir.
Espetáculo registrado no Itaú Cultural, durante a MITsp 2018
CLASSIFICAÇÃO: 14 anos
DURAÇÃO: 1 hora
*A transmissão do espetáculo será seguida de uma conversa inédita entre Selina Thompson e a poeta e ensaísta Leda Maria Martins. A partir do dia seguinte, o vídeo do encontro ficará disponível permanentemente na MIT+.
Selina Thompson é uma artista britânica, residente em Leeds. Ela busca o engajamento público e a investigação, que se refletem em atividades e ações políticas e participativas focadas em discutir política de identidade e como nossos corpos, vidas e ambiente são influenciados por essas políticas. A performer propõe um trabalho alegre e visual, que tenta se conectar com aqueles continuamente marginalizados pelas artes.
Dramaturgia e Atuação: Selina Thompson
Direção: Dawn Walton
Cenografia: Katherina Radeva
Som: Sleepdogs
Iluminação: Cassie Mitchell
Adaptação de Luz: Louise Gregory
Produção: Emma Beverley
Coordenação de Produção: Louise Gregory