Na palestra-performance, a portuguesa Grada Kilomba faz um apanhado de seu próprio trabalho e utiliza vários formatos, de textos teóricos e narrativos a vídeo e performance, para questionar as configurações de poder e de conhecimento. Este projeto expõe não só a violência da produção de conhecimento clássico, mas também como essa violência é realizada em espaços acadêmicos, culturais e artísticos, que determinam tanto “quem pode falar” como “sobre o que é que se pode falar”. Para tanto, a artista levanta questões relacionadas aos conceitos de raça, gênero e conhecimento – “que conhecimento é reconhecido e a quem pertence este conhecimento?”.
Espetáculo registrado no Centro Cultural São Paulo, durante a MITsp 2016. A performance é falada em português e inglês (há opções de transmissão com e sem legenda para o português)
CLASSIFICAÇÃO: 14 anos
DURAÇÃO: 1 hora e 10 minutos
Grada Kilomba é escritora, teórica e artista interdisciplinar portuguesa, com origens em São Tomé e Príncipe e Angola. Estudou Psicologia Clínica e Psicanálise no ISPA, em Lisboa, e é doutora pela Freie Universität, em Berlim. O seu trabalho aborda memória, trauma, raça, gênero e pós-colonialismo, e seus projetos criam um espaço híbrido, onde as fronteiras entre as linguagens acadêmicas e artísticas se dissolvem. Grada é coeditora de “Mythen, Masken, Subjekte” e autora de “Plantation Memories”, além de ter lecionado em diversas instituições, como a Universidade de Humboldt, em Berlim. Atualmente, é curadora no Teatro Maxim Gorki, em Berlim, onde desenvolve uma série com artistas refugiados.