A escritora Ana Maria Gonçalves discute as questões levantadas no espetáculo “salt.”, em que a britânica Selina Thompson investiga o passado colonialista e as rotas de tráfico negreiro. A partir da obra, a autora fala sobre racismo e a questão do negro, em especial no caso do Brasil. Entre suas falas, a atriz Brenda Ligia Miguel faz a leitura de alguns textos. O diretor e dramaturgo José Fernando Peixoto de Azevedo media o encontro, realizado na MITsp 2018.

Diálogos Transversais é uma atividade que acontece sempre em diálogo com o público, logo após a sessão de um espetáculo. A MITsp convida artistas e pensadores, de campos diversos, a lançarem outros olhares e ampliarem a leitura sobre o trabalho apresentado.


Ana Maria Gonçalves é escritora.Trabalhou com publicidade até 2001, quando escreveu “Ao Lado e à Margem do que Sentes por Mim (2002), e depois “Um Defeito de Cor” (Record, 2006), ganhador do Prêmio Casa de las Américas (Cuba, 2007). Já publicou em Portugal, Itália e nos EUA, onde ministrou cursos e palestras sobre relações raciais e fez residência em universidades como Tulane, Stanford e Middlebury. Mora em São Paulo, onde escreve também para teatro, cinema e televisão.

Brenda Lígia é atriz, apresentadora, locutora e diretora. Como atriz, na nas séries da Rede Globo “Assédio”, “Sob Pressão” e “A Mulher do Prefeito” e nos filmes “Bruna Surfistinha”, “Sangue Azul”, de Lírio Ferreira, e “Meu Último Desejo”, de Arnaldo Jabor. Dirigiu os curtas-metragem “Contraste” e “Aqui Jaz”, além do documentário “Rabutaia”.
José Fernando Peixoto de Azevedo é doutor em filosofia pela USP, diretor, dramaturgo, curador e professor da Escola de Arte Dramática, do PPGAC e no Departamento de Cinema da ECA-USP. Entre suas encenações recentes estão “As Mãos Sujas” e “Navalha na Carne Negra”. Fundador do Teatro dos Narradores, colabora com grupos como Os Crespos. Dentre suas publicações destacam-se “Eu, um Crioulo”, na coleção Pandemia (n-1 edições), a coorganização de “Maratona de Dramaturgia” (Cobogó/Sesc) e “Próximo Ato: Teatro de Grupo” (Itaú Cultural).