Neste mesa, que integra o seminário O Estatuto da Arte no Brasil Contemporâneo: Silenciamentos, Interdições e Insubordinações, a filósofa indígena Cristine Takuá e o músico e historiador Salloma Salomão discutem quais saberes são legitimados e quais são silenciados (ou mesmo criminalizados) dentro dos nossos sistemas de educação e cultura. A educadora Dodi Leal faz a mediação do encontro.
Cristine Takuá é filósofa, educadora e artesã indígena, vive na aldeia do Rio Silveira. Há mais de dez anos, estuda plantas medicinais e o direito à soberania alimentar, além de trabalhar com isso. Na comunidade do Rio Silveira, é professora da Escola Estadual Indígena Txeru Ba’e Kuai’ e também auxilia nos trabalhos espirituais na casa de reza. É fundadora e conselheira do Instituto Maracá e representante de São Paulo na Comissão Guarani Yvyrupa (CGY). Também é representante do núcleo de educação indígena.
Salloma Salomão é músico e doutor em História. Pesquisador da Capes e CNPQ, além de investigador visitante do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, desenvolve trabalhos artísticos e acadêmicos sobre musicalidades e teatralidades negras na diáspora. Realizou trabalhos em teatro com os grupos: Quizumba, Crespos, Coletivo Negro, Cazuá, Capulanas, Gota D’água Preta e Carcaça Poética. Em 2004, venceu o Concurso Nacional de Dramaturgia Ruth de Souza, de São Paulo.
Dodi Leal é travesti educadora e pesquisadora em Artes Cênicas e Performance. Professora adjunta do Centro de Formação em Artes e do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências da UFSB. Doutora em Psicologia Social pela USP, com estágio doutoral na Universidade de Coimbra, concentração na área de Estudos Teatrais e Performativos. Licenciada em Artes Cênicas pela ECA-USP. Habilitada em Cinema e Vídeo no Baccalauréat Interdisciplinaire en Arts da UQAC-Canadá.