O encontro reúne a performer sul-africana Ntando Cele, que apresenta dois espetáculos (“Black Off” e “Go Go Otelo”) e ministra um workshop e uma residência na MIT+, a filósofa Denise Ferreira da Silva, professora e diretora do The Social Justice Institute / GRSJ da University of British Columbia, e a bailarina Jaqueline Elesbão, diretora do Coletivo Ponto Art, que apresenta o espetáculo “Entrelinhas”.
A conversa será ao vivo, pelo Zoom, e falada em português e inglês, com tradução simultânea.
Ntando Cele é performer e atriz sul-africana. Estudou atuação na Universidade de Durban e tem mestrado em Teatro na Dasarts-Amsterdam. Em 2014, fundou, com o compositor e músico Simon Ho e com o músico e consultor de dramaturgia Raphael Urweider, a Companhia Manaka Empowerment Productions, com sede em Berna (Suíça). O trabalho do grupo combina diversas linguagens – performance, música, texto, comédia stand-up e vídeo – para discutir questões como identidade, preconceito e estereótipo. Como artista independente, Ntando se envolve em muitos projetos, entre os quais oficinas e palestras sobre empoderamento e cura. Sua performance-concerto “Black Off” estreou em 2016, no Schlachthaus Theater Berne. Em 2020, convidou artistas negros para discutir a liberdade racial na palestra satírica “Enemy of Progress” e apresentou “Go Go Othello”, que debate o papel do negro nas artes.
Jaqueline Elesbão é bailarina, negra, drag king, produtora e ativista das questões femininas, étnicas e causas LGBTT. É diretora do Coletivo Ponto Art, que desde 2011 se volta à criação de espetáculos e de ações culturais afirmativas. Desde sua estreia, em 2012, “Entrelinhas” passou por festivais como o Cena Brasil Internacional (RJ) e o FIT – Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto (SP). A pesquisa do espetáculo se desdobrou em outros trabalhos do grupo, como a websérie “Vozes sem Medo” e o workshop Resiliência do Corpo-História, uma investigação de como a violência histórica social afeta o corpo negro feminino.
Denise Ferreira da Silva é artista e acadêmica, professora e diretora do Instituto de Justiça Social da University of British Columbia (Canadá) e professora-adjunta na Monash University Art, Design & Architecture, em Melbourne (Austrália). O seu trabalho aborda as questões éticas do presente globalizado e as dimensões metafísicas e ontoepistemológicas do pensamento moderno. É autora e “Toward a Global Idea of Race”, “The Banalization of Racial Events”, “The Racial Limits of Social Justice” e “Dívida Impagável” – que examina as relações entre colonialismo, racialidade e capital, a partir de uma perspectiva feminista e negra. Ela já se apresentou em espaços como o Centre Pompidou (Paris) e o MoMA (Nova York) e escreveu para publicações da Bienal De São Paulo, da Bienal de Veneza e da Documenta, entre outros.