Esta mesa reúne artistas brasileiros de diferentes regiões – Carla Akotirene (BA), Grazi Medrado (MG), Jaqueline Elesbão (BA), Jé Oliveira (SP) e Gyl Giffony (CE). Eles discutem como a ideia de cultura como bem comum se dá numa sociedade capitalista, de estruturação social classista, que favorece privilégios e exclusões.


Carla Akotirene é mestra e doutoranda em Estudos sobre Mulheres, Gênero e Feminismo pela Universidade Federal da Bahia. Coordena a Opará Saberes, curso de extensão que prepara candidaturas negras ao ingresso no mestrado e doutorado em universidades públicas. É assistente social, em Salvador, onde atende mulheres vítimas de violências. Autora do livro “O que É Interseccionalidade?” (Coleção Feminismos Plurais) e “Ò Paí Prezada: Racismo e Sexismo Institucionais Tomando Bonde nas Penitenciárias Femininas” (Pólen).

Grazi Medrado é diretora criativa, ativista, atriz e produtora cultural. Realiza trabalhos com diversos artistas, grupos e coletivos de teatro, música, dança, arte urbana, audiovisual e performance. Integrou a curadoria do FAN-BH (2019), a comissão de seleção de espetáculos locais do FIT (2018) e participou do júri do Festival ¼ de Cena de Brasília (2017). Assina a criação, roteiro e direção das aberturas das Mostras de Cinema de Tiradentes, CineBH e CineOP desde 2016, e produz o espetáculo “violento.”.

Gyl Giffony é artista da Inquieta Cia. e membro do Instituto Brasileiro de Direitos Culturais (IBDCult). Doutorando em Artes da Cena pela Unicamp, onde desenvolve a pesquisa O LUGAR INVOCADO: Teatro, espaço e memória da violência política na América Latina contemporânea. Tem atuado nas áreas do teatro, performance, memória social, gestão, produção e direitos culturais.

Jaqueline Elesbão é mulher, negra, mãe, performer, produtora cultural, gestora da Casa Charriot (um espaço cultural alternativo), idealizadora e fundadora do coletivo Ponto ART, coreógrafa e pesquisadora sobre corpos resilientes.

Jé Oliveira é ator, diretor e dramaturgo. É formado pela Escola Livre de Teatro de Santo André, onde também deu aulas, e está se graduando em Ciências Sociais na USP. É um dos fundadores do Coletivo Negro, grupo que se debruça sobre questões raciais desde 2008. Concebeu, idealizou e é o diretor geral de “Gota D“Água {PRETA}”, obra que lhe rendeu a contemplação como melhor diretor de 2019 pelo APCA. É autor de diversas obras com destaque para “Farinha com Açúcar ou Sobre a Sustança de Meninos e Homens”, obra semifinalista do Prêmio Oceanos de literatura portuguesa em 2019.