Em sua terceira edição, o Seminário de Internacionalização das Artes Cênicas Brasileiras busca responder às convulsões do presente. Diante das políticas de genocídio e da naturalização da morte, da guerra cultural e a retórica do ódio, a arte e a cultura são elementos alicerçadores para a construção de outros marcos civilizatórios. 

Os encontros virtuais deste seminário, voltados a profissionais da cultura, irão debater a produção nas artes cênicas, além de refletir sobre políticas públicas para o setor cultural nestes tempos de crise e sobre as perspectivas para o teatro no cenário pandêmico e pós-pandêmico. 

A programação é dividida em dois eixos. O primeiro, Arte, Cultura e Política: Agendas para o Amanhã, acontece de 26 a 29 de maio. Já o segundo, Artes Cênicas na Pandemia e Pós-Pandemia, É Possível?, será de 2 a 5 de junho.

As inscrições são gratuitas e devem ser feitas aqui pela Plataforma MIT+. O ingresso de cada eixo dá acesso a todas as mesas da respectiva etapa de encontros. 

Criado na MITsp 2018, o Seminário de Internacionalização surgiu como forma de expandir as fronteiras do mercado e da criação artística. Nesta terceira edição, que tem apoio da Lei Aldir Blanc, convidamos a todos a pensarmos, juntos, na arte como ferramenta para a construção de futuros.


EIXO 1

Arte, Cultura e Política: Agendas para o Amanhã

ENCONTRO INAUGURAL

ARTE E POLÍTICA PARA A CONSTRUÇÃO DE [OUTROS] FUTUROS

Discussão sobre a relação da arte com a política, o contexto contemporâneo e a afetividade, com o diálogo entre agentes inovadores na consolidação de novas perspectivas de mundo.

Palestrantes:

Padre Júlio Lancellotti é vigário do povo de rua da Arquidiocese de São Paulo, pároco da paróquia São Miguel Arcanjo e ativista dos direitos humanos.

Marta Porto é jornalista, crítica de cultura e escritora. Com 25 anos de atuação em várias frentes, em governos, empresas e organizações e conselhos internacionais, é uma das mais renomadas profissionais brasileiras nas áreas de arte e cultura, comunicação por causas e análise de cenários que integram impactos culturais, políticos e sociais.

MESA 1

POLÍTICAS CULTURAIS INOVADORAS EM CENÁRIOS CRÍTICOS

Especialistas em políticas públicas, gestores nacionais e internacionais, públicos e privados, compartilham experiências inovadoras de políticas que tenham impactado cultural e socialmente em seus territórios em um cenário crítico ou de ebulição social.

Palestrantes:

Cláudia Leitão é doutora em Sociologia pela Sorbonne (Paris V). Foi secretária da Cultura do Estado do Ceará (2003-2006), secretária de Economia Criativa do MinC (2011 a 2013), dirigiu o Observatório de Fortaleza do Instituto de Planejamento da Prefeitura de Fortaleza – IPLANFOR (2017-2020) e foi presidente da Câmara Setorial de Economia Criativa na Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (ADECE). É professora da Universidade Estadual do Ceará e Sócia da Tempo de Hermes Projetos Criativos.

Jorge Melguizo é jornalista colombiano, desde 2010 é consultor e palestrante internacional em gestão pública, cultura, cultura cívica, fortalecimento de organizações da sociedade civil e convivência e segurança. Atuou como gerente do Centro de Medellín (2004 – 2005), Secretário de Cultura Cidadã (2005 – 2009) e Secretário de Desenvolvimento Social (2009 – 2010) da Prefeitura de Medellín. Membro do Comitê Diretivo do RESURBE, o programa mundial de resiliência urbana e ambiental da Cátedra de Sustentabilidade da Unesco.

Lucrecia Cardoso é secretária de Desenvolvimento Cultural da Argentina. Estão sob seu comando quatro direções nacionais, a Direção Nacional de Inovação Cultural, a Direção Nacional de Indústrias Culturais, a Direção Nacional de Integração Federal e Cooperação Internacional e a Direção Nacional de Promoção de Projetos Culturais. 

Mário Lúcio Sousa é cantautor, pintor, poeta e político cabo-verdiano. Entre 2011 e 2016, desempenhou as funções de Ministro da Cultura de Cabo Verde. É fundador e diretor da Associação Cultural Quintal da Música, ONG que apoia a música tradicional cabo-verdiana. Como compositor, é membro da Sociedade dos Autores, Compositores e Editores de Música, guardiã das composições dos músicos cabo-verdianos, entre eles Cesária Évora.

Mediação:

Mariana Soares é especialista em Gestão, Políticas Públicas e Cooperação Cultural Internacional. Dirige o Instituto SOMA – Cidadania Criativa, é gestora do Programa Ibermuseus e consultora e curadora independente, com foco em projetos sociais e culturais no território Ibero-americano. Foi coordenadora-geral de Promoção e Difusão da Secretaria de Economia Criativa do Ministério da Cultura (2013-2014) e coordenadora de projetos internacionais e curadora do Cena Contemporânea – Festival Internacional de Brasília (2011-2013), entre outros.

MESA 2

EXPERIÊNCIAS DE INCIDÊNCIA POLÍTICA A PARTIR DAS ARTES NO BRASIL ATUAL

O debate traz a experiência de alguns coletivos, movimentos e organizações brasileiras que, de maneira independente e colaborativa e a partir da arte e da cultura, buscam incidir nas pautas das políticas públicas da cultura nacional, seja no Executivo, no Legislativo ou no Judiciário. 

Palestrantes:

Leonardo Lessa é artista de teatro e gestor cultural de Belo Horizonte. Integrou o Grupo Teatro Invertido, foi Coordenador Geral do Galpão Cine Horto (centro cultural do Grupo Galpão) e diretor  do Centro de Artes Cênicas da Funarte/MinC. É assessor parlamentar de políticas culturais nos mandatos da Deputada Federal Áurea Carolina (PSOL/MG) e da covereadora Cida Falabella (PSOL/BH). Atualmente integra a ATAC – Articulação dos Trabalhadores das Artes da Cena.

Márcia Dias é produtora, diretora da Buenos Dias Projetos e Produções Culturais e especialista em Leis de Incentivo à Cultura e ao Esporte. Dentre seus projetos, destacam-se: “Pérola”, de Mauro Rasi; “Lenine InCité CD e DVD”, “Elis – A Musical” e Projeto de Internacionalização da Dramaturgia. É criadora, diretora-geral e curadora do riocenacontemporanea, do TEMPO_FESTIVAL e do RIOFESTIV.AL. Participou da comissão curadora do FRINJE – Festival de Artes Cênicas de Madrid, em 2016. Seu novo empreendimento é o Sistema WebCultural, voltado para a gestão cultural. Também é diretora do Colegiado da APTR – Associação dos Produtores de Teatro e do Núcleo dos Festivais Internacionais de Artes Cênicas.

Tiche Vianna é atriz, diretora e pesquisadora de teatro formada pela Escola de Arte Dramática (EAD/USP SP). Especializou-se na linguagem das máscaras e na commedia dell’arte, na Itália, pela Università degli Studi di Bologna e pelo Firenze of Papier Maché. É Doutora em Artes da Cena, pela Unicamp, e integra o FLIGSP, Fórum do Litoral, Interior e Grande São Paulo. É sócia fundadora do Barracão Teatro, espaço de criação e pesquisa localizado em Campinas/SP.

Tatyana Rubim é CEO da Rubim Produções, empresa que atua no mercado mineiro como produtora de eventos culturais, corporativos e de ativação. Entre 2017 e 2019, foi diretora-executiva do Theatro Municipal de São Paulo. Também é idealizadora e coordenadora geral do Festival Teatro Em Movimento e da plataforma online Teatro EmMov Digital, além de integrante do Movimento Artigo 5º, criado por artistas brasileiros em defesa da liberdade de expressão e contra qualquer ameaça de volta à censura no Brasil.

Mediação: 

Nayse Lopez é jornalista, roteirista e programadora de artes cênicas. Acumula também uma longa carreira como oradora sobre gestão cultural, arte e media e já participou de centenas de eventos internacionais como convidada. Em 2021, vai assinar a direção artística da plataforma internacional Panorama Raft, que vai programar dez  espetáculos inéditos criados para serem vistos online em tempos pandêmicos.

MESA 3

ENTRE COMISSÕES E FRENTES: COMO AVANÇA A POLÍTICA PÚBLICA DE CULTURA NO BRASIL?

Este encontro reúne gestores, do executivo e do legislativo, envolvidos com o avanço das políticas públicas de cultura no Brasil atual, numa abordagem suprapartidária e objetiva.

Palestrantes:

Alice Portugal é deputada federal (PCdoB-BA) e presidenta da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados.

Benedita da Silva é deputada federal (PT-RJ) e autora da Lei Aldir Blanc de apoio à cultura.

Fabiano Piúba (PT-CE) é secretário da Cultura do Estado do Ceará. Entre 2017 e 2018, foi presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura.

Marcelo Castro é senador (MDB-PI) e presidente da Comissão de Educação e Cultura do Senado.

Maria Marighella é atriz, gestora e vereadora (PT-BA) da cidade de Salvador.

Mediação:

Guilherme Varella é pesquisador, advogado, gestor cultural e músico. Doutorando em Direito na USP, foi secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura (2015-16) e assessor técnico e chefe de Gabinete da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo (2013-15). Autor do livro “Plano Nacional de Cultura: Direitos e Políticas culturais no Brasil” (Azougue, 2014).   


EIXO 2

Artes Cênicas na Pandemia e Pós-Pandemia, É Possível? Quais as Reflexões que Não Podemos Deixar de Fazer?

Curadoria: Celso Curi, Gonçalo Amorim e Guilherme Marques

O impulsionamento artístico gerado pela parada forçada e a diminuição de ritmos nos evidenciam algumas reflexões como: o high tech e o low tech, que se misturam em obras, ou se radicalizam nas suas utilizações. Além de um pensamento mais vegetal, que prefigura de forma atual em uma visão de alteridade muito operativa e transversal. As possibilidades alavancadas pela pandemia no contexto mundial, como as perspectivas de futuro e novas narrativas, bem como os novos formatos online e o esbatimento de fronteiras. Os processos colaborativos como forma de reunir força e resistência, exigindo o financiamento do ócio, das residências artísticas, dos processos de investigação e pesquisa. E dessa forma, ressignificar as garantias de financiamento pelo poder público das atividades artísticas e culturais.

MESA 1

VER SÓ COM UM OLHO?

Pensar o presente e o futuro do triângulo Brasil / África / Portugal, contextualizando historicamente e provocando a imaginação, o ativismo e os anos de investigação dos oradores. Falando de experiências concretas de aproximação, pensando o que vem acontecendo e o que essa pandemia ainda poderá potenciar. O idioma nos terá aproximado em tempos pandêmicos?

Palestrantes:

Elísio Macamo é professor de estudos africanos e sociologia na universidade de Basileia, na Suíça. Nasceu em Moçambique, onde fez a sua formação inicial em tradução e interpretação. Completou os seus estudos na Inglaterra, onde também iniciou a formação em sociologia. Doutorou-se e fez a agregação em sociologia na Alemanha. O seu trabalho atualmente é sobre a metodologia das ciências sociais e a relevância da comparação nos estudos regionais.

Iolanda Évora é doutora em Psicologia Social pela USP, investigadora do CEsA/CSG, ISEG, Universidade de Lisboa e Professora do Mestrado em Desenvolvimento e Cooperação Internacional (DCI) do ISEG. Os seus temas de interesse são as mobilidades africanas contemporâneas, a afrodescendência e os processos e dinâmicas de categorização de minorias étnico-raciais e as metodologias qualitativas. É coordenadora do Projeto AFRO-PORT, Afrodescendência em Portugal: sociabilidades, representações e dinâmicas sociopolíticas e culturais. É coorganizadora do In Progress. Seminário sobre Ciências Sociais e Desenvolvimento em África (CesA/ISEg) e do evento Áfricas Contemporâneas. 

Roberta Estrela D’Alva é diretora, diretora musical, pesquisadora, dramaturga e slammer. É uma das fundadoras do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos e da Frente 3 de Fevereiro. Entre os espetáculos de que participo estão “Antígona Recortada”, “Orfeu Mestiço, Uma Hip–Hópera Brasileira” e “Terror e Miséria no Terceiro Milênio”. Roberta assina a codireção e o roteiro do documentário “Zumbi Somos Nós”, que participou da mostra Brazil: An Anthology for Brazilian no Tate Modern, em Londres. É criadora do ZAP! Zona Autônoma da Palavra, projeto pioneiro de slam no Brasil, e foi finalista na Copa do Mundo de Slam de 2011, em Paris. É autora de “Teatro Hip-Hop, a Performance Poética do Ator-MC” (ed. Perspectiva), curadora da Flup – Festa Literária das Periferias e apresentadora do programa “Manos e Minas” (TV Cultura).

Mediação: 

Marta Lança é doutoranda em Estudos Artísticos na Universidade Nova de Lisboa. Criou as publicações V-ludo, Dá Fala e é editora do site BUALA (desde 2010). Traduziu alguns livros do francês, nomeadamente de Achille Mbembe. Em Luanda, lecionou na Universidade Agostinho Neto e colaborou com a I Trienal de Luanda, em Maputo trabalhou no festival de documentário Dockanema. Entre outros organizou “Roça Língua, Encontro de Escritores Lusófonos”, o ciclo Paisagens Efémeras, dedicado a Ruy Duarte de Carvalho, e projeto NAU!, do Teatro Experimental do Porto (2018). Atualmente coordena o projeto ReMapping Memories Lisboa-Hamburgo, Lugares de Memória (Pós)coloniais, do Goethe-Institut Portugal. 

MESA 2

FINANCIAMENTO DO ÓCIO E PROCESSOS COLABORATIVOS

Num contexto pandêmico, é urgente não esquecer a importância dos processos colaborativos, dos financiamentos de residências artísticas e de períodos de pesquisa, ou mesmo descanso. Num mundo que pede desaceleramento, como será que as artes poderão vir a ocupar definitivamente o lugar de arautos de uma nova forma de vivermos e de estarmos juntos?

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Palestrantes:

Isabél Zuaa é atriz que canta, dança, escreve e dirige. Nasceu em Lisboa e tem as suas origens na Guiné-Bissau e em Angola. Pesquisa dramaturgias onde o corpo negro é protagonista e anfitrião das suas próprias experiências, trazendo outras prespectivas das histórias tidas como oficiais. Desde de 2010, transita entre projetos de dança, cinema e teatro – no Brasil, em Portugal e Itália. Em 2020, venceu com as artistas Cleo Diára e Nádia Yracema a Bolsa Amélia Rey para a criação do espetáculo “Aurora Negra”.

Maria José Cifuentes é historiadora chilena, atuando como docente, pesquisadora, gestora e curadora de artes cênicas. Participou como programadora e curadora de festivais na Europa e na América Latina. Autora dos livros “Historia Social de la Danza en Chile 1940-1990” (2007) e “Danza Independiente en Chile, Reconstrucción de una Escena 1990-2000” (2009). Foi diretora do MOV-S Chile (2015), projeto do Mercat de les Flors de Barcelona, curadora e dramaturga do Espacios Revelados, projeto da Fundación Siemens de Alemania (Chile, 2016) e diretora do Festival Escena Doméstica (2011-2014). Atualmente é diretora artística e executiva do Nave, Centro de Creación y Residencia em Santiago do Chile.

Ruy Filho é editor e idealizador da plataforma de arte Antro Positivo. Desenvolve experimentos de escrita crítica para festivais e instituições de diversos países. Editou os catálogos dos festivais Mirada e Tempo Festival. Foi professor convidado dos Núcleos de Dramaturgia do Sesi São Paulo e Curitiba e tem atuado junto à SP Escola de Teatro em aulas especiais para os cursos de Dramaturgia e Direção. Foi curador convidado do FIAC (Bahia), FIT Rio Preto 50 anos, da série Encontros Improváveis, Mas Não Impossíveis, para o Sesc, e por três anos programou teatro, dança e performance para o Teatro do Centro da Terra. Trabalho com Felipe Hirsch, Gerald Thomas e Teatro Oficina. É idealizador e curador do OUTROS Festival de Artes, criado em 2021, para o ambiente digital. 

Medição:

Marcela Diez é gestora cultural mexicana, tendo trabalhado na programação e na promoção cultural de diversos órgãos públicos e privados. Foi diretora-geral de Promoção e Festivais Culturais da Secretaria de Cultura do governo mexicano, coordenadora de eventos culturais da embaixada canadense no México, diretora de programação do Festival Internacional Cervantino, assessorou a programação do programa virtual da Universidade de Guadalajara, do Festival de Dança ONE WEEK, em Plovdiv, Bulgária, SEPALA (Southern Exposure: Performing Arts) e atuou como jurada na seleção do Festival de Teatro de Puglia, Italia. Atualmente também atua na difusão cultural da Unam – Universidade Nacional Autônoma do México. Recebeu do governo francês o título Cavaleiro da Ordem das Artes e Letras.

MESA 3

LOCKDOWN CRIATIVO, CRISE DE INSPIRAÇÃO OU IMPULSIONAMENTO ARTÍSTICO?

Com a pandemia, vieram as naturais crises de inspiração. Por todo o mundo, a reação dos artistas foi diversa, houve lugares em que o lockdown também foi criativo. Em outros casos, bastou seguir o que já se fazia, usando o digital, ou então (como uma explosão), a multiplicação de experiências e formas de comunicar. Houve quem quisesse parar ou estudar. Há outros para quem nada mudou e a palavra resistência é a que conta. 

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Palestrantes:

Carolina Bianchi é diretora de teatro, dramaturga e atriz. Seu trabalho habita espaços entre teatro, performance e a dança, lidando com questões relacionadas a temas como fantasmagoria, história do teatro, mitologia, pactos históricos e gênero enquanto crise. É diretora geral do coletivo CARA DE CAVALO, com quem realizou os trabalhos: “O Tremor Magnífic” (2020), “LOBO” (2018), a performance “Quiero Hacer el Amor” (2017), e a palestra-performance “Mata-me de Prazer” (2016). Atualmente desenvolve a peça “CADELA FORÇA”, com estreia prevista para 2022.

Helena Vieira é pesquisadora, transfeminista e escritora. Estudou Gestão de Políticas Públicas na USP e Humanidades na Unilab. Foi colunista da Revista Fórum e contribuiu com diversos meios de comunicação. Em 2017 foi consultora na novela “A Força do Querer”, da Rede Globo. É coautora de livros como livros ” História do Movimento LGBT”, organizado por Renan Quinalha e James Green”, e  Explosão Feminista”, organizado por Heloísa Buarque de Holanda. Dramaturga, fez parte do projeto premiado pela Focus Foundation na categoria Artes Cênicas Brazil Diversity, em Londres, com a peça “Ofélia, the Fat Transexual”. Foi Assessora Parlamentar na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, atuando com direitos humanos, LGBTs, saúde mental e idosos. Atualmente, é assessora para a Cultura da Diversidade na Escola Porto Iracema das Artes, colunista da Harper’s Bazaar Brasil e colaboradora da Revista Cult.

Zvonimir Dubrovic é o diretor artístico da Domino, uma das maiores organizações de arte independentes da Croácia. Ele é responsável pela curadoria e produção de diversos festivais internacionais, como Perforations, semana de arte viva (eleito um dos 12 festivais mais inovadores na Europa pela Comissão Europeia em 2015/2016), Queer Zagreb Season, Queer New York International Art Festival e Sounded Bodies. Por meio de diversas plataformas, ele faz anualmente a curadoria de mais de 100 performances, apresentadas no mundo todo, muitas criadas especificamente para esses festivais. Ele fez parte de diversas comissões e júris no campo das artes cênicas, editou dezenas de livros sobre o assunto e ministra cursos e palestras sobre curadoria e gestão cultural.

Medição:

André Fischer é criador e diretor do FestivalMixBrasil, além de coordenador do Centro Cultural da Diversidade. Foi editor do portal MixBrasil, apresentador no CanalBrasil, CBN e colunista da Folha de S.Paulo. Tem sete livros publicados, incluindo “Manual Ampliado de Linguagem Inclusiva” (2021).

MESA 4

IMAGINAR O PRESENTE, VIVER O FUTURO

Pensar o futuro sempre foi desafiante, mas ainda o é mais quando o contexto é revolucionário. A aceleração digital não deixou de parte as grandes questões do século XXI, como as novas vagas feministas, a luta pelos direitos humanos e também as questões da ecologia, desde a política à filosófica. Novas ideias retiram o humano do centro da equação e ajudam-nos, assim, a pensar a alteridade. Como, nas várias dimensões da nossa vida, nos olhamos e olhamos o outro?

Vídeo com áudio original

Palestrantes:

Michael Marder é professor e pesquisador do Departamento de Filosofia da Universidade do País Basco (UPV-EHU), em Vitoria-Gasteiz, Espanha. Seus escritos permeiam os campos da teoria ecológica, da fenomenologia e do pensamento político. É autor de inúmeros artigos científicos e teses, incluindo “Plant-Thinking” (2013); “Phenomena—Critique—Logos” (2014); “The Philosopher’s Plant” (2014); “Dust” (2016), “Energy Dreams” (2017), “Heidegger” (2018), “Political Categories” (2019), “Pyropolitics in the World Ablaze” (2020); “Dump Philosophy” (2020); e “Hegel’s Energy” (2021).

Tomasz Kireńczuk é dramaturge, crítico teatral e curador polonês. Em 2008, ele fundou com um grupo de jovens artistas o Teatr Nowy, na Cracóvia. Dez anos depois, ele inaugurou o Laboratório de Novo Teatro, programa dedicado à educação de jovens artistas poloneses, com foco em fomentar meios de produção e total liberdade criativa. Ele também é cocriador do Dialog – Festival Internacional de Teatro da Breslávia, um dos mais importantes festivais da Polônia, onde ele trabalhou de 2011 a 2019. Em 2008, ele publicou um ensaio intitulado “Da arte em ação à ação na arte. Filippo Tommaso Marinetti e os futuristas italianos”. Em 2021, ele foi nomeado diretor artístico do Festival Santarcangelo, na Itália, para o biênio 2022-2024.

Txalo Toloza é videoartista e performer chileno, que vive e trabalha em Barcelona desde 1997. Em 2005, criou o estúdio audiovisual MiPrimerDrop especializado em trabalho videográfico dedicado às artes vivas e à performance. Desde 2015, integra, ao lado da coreógrafa vasca Laida Azkona Goñi, a companhia de artes vivas documentais AzkonaToloza. É colaborador da perfomer Sònia Gómez e do diretor cênico Roger Bernat. As novas formas de colonialismo, a barbárie sobre o território de povos originários e sua estreita relação com a cultura contemporânea são seus últimos eixos de trabalho. A trilogia “Pacífico”, que estreou no Festival d’Automne de Paris em 2020, é o mais recente trabalho cênico da companhia.

Mediação:

Martine Dennewald é formada em dramaturgia e gestão cultural. Atuou em teatros e festivais em Luxemburgo, Alemanha, Reino Unido, Hungria, Suíça e Áustria. Ela trabalhou com Niels Ewerbeck como dramaturga no Künstlerhaus Mousonturm, em Frankfurt. Entre 2015 e 2020, foi diretora artística do Festival Theaterformen – um festival de artes cênicas que dura 11 dias e se alterna entre as cidades de Hannover e Braunschweig (Alemanha). A partir de julho de 2021, Martine Dennewald irá codirigir o Festival TransAmériques, em Montréal (Canadá), ao lado de Jessie Mill.